RISCO DE PERTURBAÇÃO DO INQUÉRITO SOBRE AS 64 MORTES DE PEDROGÃO GRANDE
Apesar de também vir a ser ouvido no inquérito, ainda não estou sujeito ao
silêncio, e em minha convicção por negligência deliberada ou não por parte da
PJ e Ministério Público, aparentemente a perturbação do inquérito ocorre todos os dias com o
aparente tráfico de influências, motivo pelo qual aparentemente alguns
indiciados não estão constituídos arguidos e impedidos de contactar com outras
testemunhas / indiciados do processo.
Sendo alegadamente ao invés da imagem que se tenta passar, as principais
responsabilidades do nível local e distrital, só mesmo por negligência ou
intenção não existe arguidos ou detenções, dando esta constatação a ideia de
que tal não aconteceu para não perturbar a campanha eleitoral, ainda que pelo
menos um a três dos visados possam vir a ser constituídos arguidos logo após a as
eleições.
Partidarismos à parte, os "padrinhos" colocados em redor de um dos principais aparentes indiciados,
denunciam a necessidade de dar alguma pseudo imagem de credibilidade e
idoneidade a quem a perdeu por completo.
Repare-se que, é ao nível municipal que compete:
- ativar
o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil (PMEPC)
- mobilizar
os meios de intervenção e apoio inerentes ao PMEPC
- AVISAR
a população emitindo avisos contendo as recomendações de autoproteção à
população, através dos órgãos de comunicação social, telefones, telemóveis, rádio CB, PMR446, tudo o que tenham ao alcance e possibilite comunicar com as pessoas expostas ou que pudessem vir a estar expostas ao risco
- garantir
o efetivo do dispositivo de resposta perante um nível de ALERTA, no caso
laranja
- elaborar e dar cumprimento a um POMDFCI - Plano Operacional Municipal de Defesa da Floresta Contra-Incêndios
- efetuar o levantamento de risco e levar a efeito a mitigação do risco existente
- assegurar o reconhecimento e avaliação de situação, mas em vez disso os elementos do SMPC concentraram-se junto ao posto de comando
Aparentemente a resposta local de intervenção falhou, pois o nível de resposta não
correspondia ao exigível para o nível de alerta laranja.
Segue-se a responsabilidade do nível distrital, que não implementou o
Sistema de Gestão Operacional (SGO), não soube gerir as comunicações em modo
local colocando em risco inúmeras vidas de operacionais empenhados no combate
às chamas.
Que o SIRESP não serve para emergência é um facto que há muitos anos venho
alertando, mas que as insuficiências estavam previstas também, e chegado ao
local o nível distrital não foi capaz de tirar partido do que o SIRESP ainda
tinha para oferecer, nem dos demais meios de comunicação colocados à sua
disposição tal como a rede de VHF banda alta, alguns escassos meios com VHF
banda baixa, a rede de HF, e nem sequer ativou os radioamadores com quem o
Distrito de Leiria tem protocolo.
As responsabilidades negligentes por apurar são ainda mais que muitas, e
não se limitam ao que aqui agora mencionei, considero, contudo, um erro crasso
de um partido, manter como candidato ás autárquicas alguém que é um forte
candidato a cumprir pena por um aparente conjunto de crimes cometidos no
exercício de funções, ainda que por negligência. No lugar do presidente do
partido não teria apoiado tal candidatura, e muito menos permitido o
envolvimento de outras figuras fortes do partido para credibilizar o
incredibilizável, pois tal pode vir a destruir mais imagens no partido.
As reuniões que têm alegadamente ocorrido entre potenciais arguidos
denunciam o aparente tráfico de influências que em minha convicção estão a
perturbar o inquérito, mas ainda falto ser ouvido eu, e garanto-vos que depois
de ser ouvido nada ficará como antes no processo, doa a quem doer, ou a que
partido doer.
Quando o nível nacional assumiu o comando, já tudo o que havia a perder
estava perdido, nomeadamente 64 vidas, e pouco do que de diferenciador foi
ordenado pelo nível nacional foi efetivamente cumprido. Fez-se assim do nível
nacional o bode expiatório para proteger muitas outras figuras.
Na realidade nenhum nível hierárquico de proteção civil ou político esteve
bem, mas o nacional até é em minha opinião o que menos responsabilidade teve no que correu mal, importa ainda colocar no local do
comando das operações, alguém que não esteve presente fisicamente porque a sua
imagem não pode aparecer, mas que terá aparentemente influenciado muitas das
decisões tomadas. Investiguem se as chamadas telefónicas entre certa
pessoa presente junto ao posto de comando das operações, e o seu companheiro,
eram de caracter meramente afetivo ou se terão eventualmente influenciado
através de certa figura política as decisões, e se terá ou não efetivamente
havido ali um aparente comandante sombra, e já agora se não terá sido funesto.
Diz-se por ai que um dos autarcas em causa é ex-inspetor da PJ, a ser verdade, talves isso justifique muita coisa!
Diz-se por ai que um dos autarcas em causa é ex-inspetor da PJ, a ser verdade, talves isso justifique muita coisa!
Está tanto, mas tanto por dizer no inquérito!
Digo eu, que nem percebo nada disto!
Foto: Miguel A. Lopes/ Lusa
Foto: Miguel A. Lopes/ Lusa
Há que arranjar sempre um bode expiatório. E em cima de uma campanha eleitoral - bem quente como aquela que se vive em Pedrógão Grande - bem melhor. O alvo é exactamente aquele que, depois de rasteirado pelo PSD, se tenta lançar para a fogueira da política local por quem desesperadamente já esgotou os boatos e as calúnias a nível local. Haja decência e bom senso. Parem com os disparates, que dignificam quem os profere...
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