A Falácia dos inquéritos sobre os incêndios florestais são bolos para enganar tolos

Já todos nos habituámos a que de cada vez que as coisas correm mal nos incêndios florestais alguém venha anunciar inquéritos, dos quais raramente se tornam públicos os resultados ou a sua totalidade. Em minha opinião tal não passa de uma forma de ludibriar a opinião pública através de uma pseudo tranquilização com o anuncio de inquérito, para assim ganhar tempo para que o assunto caia no típico esquecimento público. Depois, os relatórios são separados em duas fases, aquela em que há responsabilidade política, técnica, ou criminal imputável ao poder político ou organismos públicos, que é a ultima a sair e nunca se chega a conhecer e, uma outra fase onde se apuram responsabilidades dos ventos, dos pastores e de outros peões que geralmente são sacrificados perante os expectadores mais exigentes, protegendo-se assim interventores e a tutela política.

Não senhores e senhoras governantes, eu não só não concordo que tudo tenha corrido bem, tal como não concordo que interfiram no inquérito emitindo opinião própria, nem tão pouco posso estar de acordo que não existam responsabilidades a apurar e, nem sequer vislumbro que os Bombeiros e demais combatentes tenham no que correu mal qualquer responsabilidade, contudo, se de facto houver um inquérito sério será praticamente impossível não concluir que em certo teatro de operações tenha havido negligência política e de gestão dos recursos técnicos que por tardiamente ativados determinaram eventualmente que um incêndio facilmente controlável em horas, durasse dias.

Não posso por isso em consciência deixar de manifestar o meu desagrado. Uma coisa é elogiar os operacionais, outra é sacudir a água do capote desvalorizando previamente o trabalho daqueles que investigarão no âmbito do inquérito se de facto ele for realizado por entidade com a neutralidade necessária ao apuramento de responsabilidades. Mas todos sabemos que em Portugal a responsabilidade política e dos organismos públicos morre solteira, e esta não creio que venha a ser uma exceção, disso são exemplo os inmquéritos de incêndios e mortes em,..., 2003, 2008, 2013.

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