A floresta da discórdia...

Embora seja o Ministério da Agricultura e Pescas que dispõe de verbas atribuídas para a conservação da natureza e biodiversidade e para isso possua um instituto,  imputa-se ao Ministério da Administração Interna a responsabilidade da prevenção de incêndios florestais, que outrora estavam sob a alçada do primeiro e que fruto de políticas dejetadas por néscios passou para o segundo. Extingui-se a guarda  florestal ao fazer transitar o pessoal para o quadro civil da GNR e, assim se desproviu a floresta dos seus guardiões permanentes, os guardas florestais, no seguimento da extinção dos guardas de coutada, outra decisão funesta ao interesse público, mas muito rentável para interesses privados.
Não sou defensor do indefensável, logo não posso advogar pela tutela da Administração Interna sob a vigilância e prevenção florestal que, deve em minha convicção ser da atribuição da Agricultura.
A vigilância permanente, a limpeza da floresta, e os fogos técnicos de controlo de incêndios, quer para ação preventiva, quer como contra-fogo, devem competir às autoridades florestais (também elas funestamente extintas e os seus profissionais integrados na ANPC, estando o resultado à vista desde então!).
Com tanta e tão "boa" reestruturação, chego a pensar que a política é na atualidade a arte de bem mentir dizendo ao povo o que ele quer ouvir mesmo que a concretização de tais promessas sejam utópicas. 

Creio contudo que o atual Governo prepara algumas iniciativas de encontro às necessidades reais, pelo que aguardo com expectativa que se redistribuam responsabilidades entre ministérios e não se acumule tudo na Administração Interna, que precisa concentrar-se nas estratégias para as entidades já sob a sua tutela, nomeadamente a necessidade de ampliação do GIPS da GNR, e do seu reforço permanente na Região Autónoma da Madeira.

Portugal sem incêndios depende de todos, porque todos precisamos de todos!

Digo eu, que nem percebo nada disto!

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