O voluntariado que tira o pão da boca a outros é uma treta!

Para reflexão...
É por alguns fazerem de borla e por mera carolice, que outros que desenvolvem profissionalmente essa atividade ficam sem pão para a boca ou não passam da cepa torta!
Recentemente fui convidado por uma organização de que sou associado para um  serviço e, quis saber quanto pagavam, ao que me responderam que ia como voluntário. Isto fez-me refletir sobre o assunto e chegar à conclusão de que por vezes dou tiros nos pés, já que pago quotas a uma associação que está dispensada de impostos por ser IPSS e, faz concorrência à minha entidade empregadora que para o exercício dessa atividade paga impostos e, que apesar dessa IPSS aparentemente cobrar pelo serviço não paga a quem o vai fazer. Mas mais, como eu recusei fazer o serviço, foram outros, ditos meus amigos, de borla, ficando assim eu que exerço profissionalmente essa atividade a vê-los brincar com o meu ganha pão. Amigos entendem!
Sim Catarina Martins, para além de não simpatizar contigo e raramente estarmos de acordo, claro que concordo contigo neste aspeto, "o voluntariado que tira ao pão da boca a outros é uma treta"! 

Isto não é quanto a mim voluntariado, é volun(ó)tariado! 
Não posso por isso em convicção deixar de entender como funesto o voluntariado que substitui postos de trabalho, que possibilitaria que uns tivessem trabalho e outros tivessem mais e melhores condições de trabalho, mas ao invés disso, assistimos cada vez mais à ganancia daqueles que recorrem à exploração de trabalho pseudo voluntário para lucrar, uma espécie de escravatura moderna e com um nome pomposo "voluntariado".
Mas isto logo comigo que faço parte de uma outra organização promotora do voluntariado, mas onde só permito o voluntariado em reforço excecional da resposta de emergência, ou de cariz humanitário não lucrativo, ou simplesmente porque embora o voluntário lá não faça falta faz questão de ir para observar ou desfrutar do momento.
Não devíamos confundir associativismo com voluntariado, um associado pode fazer trabalho gratuito em prol da sua associação (sem fins lucrativos), isso faz parte da condição de associado e, em nada se pode confundir com voluntariado (aquele que exerce uma atividade sem fins-lucrativos e que por isso não é remunerado). 
Já para não falar daqueles que não habilitados ou mal habilitados para uma atividade, a desenvolvem "voluntariamente"!

Não! Esperem! Afinal a entidade até paga, não a mim nem aos que fazem este tipo de serviço e que pagaram do seu bolso a sua formação para ter competências para o efeito, paga aos formadores que vão dar formação em cursos por ela organizados entre 60 a 80 euros / hora, geralmente escolhidos a dedo de entre aqueles que pelo seu gabarito já de si ganham muito bem, IPSS portanto a fazer o bem e a praticar a solidariedade para com os que mais ganham explorando os que menos ou nada ganham!

E agora até os radioamadores lá vão, de borla, assegurando comunicações profissionais com rádios para isso ilegais, retirando receitas às entidades que para isso pagam os seus impostos, retirando por isso o pão da boca a quem vive do aluguer e comércio de redes de radiocomunicações.

Todo este voluntariado seria aceitável em atividades não lucrativas, humanitárias, de cariz social, de socorro e emergência, mas não, são somente um tira pão, por carolice!

Obrigado "amigos"!

Tenho de deixar de dar tiros nos pés!

Digo eu, que não percebo nada disto!