A Inoperacionalidade das VMERs é escandalosa

Num passado recente o nível de operacionalidade das VMERs aumentou graças a diversos esforços das partes envolvidas e essencialmente ao despacho do anterior presidente do INEM (Paulo Campos), deixou  de se verificar a sua paralisação durante turnos inteiros mas, há agora outro tipo de inoperacionalidade, escandalosa!
Como é sabido as VMERs não têm quadros exclusivos desse serviço, como acontece por exemplo no Reino Unido com os paramédicos. As VMERs em Portugal são tripuladas por médicos e enfermeiros que têm outros empregos com horários a cumprir o que determina que quase todos os dias há VMERs que ficam inoperacionais durante uma a duas horas no fim de turno, para que um ou ambos os seus operacionais cheguem a horas ao emprego. Não tenho duvidas de que muitas vítimas podem estar a deixar de ser assistidas ou mesmo a morrer naqueles períodos em que a VMER fica INOP até chegar a tripulação do turno seguinte, ou seja, há operacionais de VMER a ganhar o turno completo que não cumprem o turno completo, o que aparentemente acontece recorrentemente e lesa os contribuintes para além de colocar em causa o socorro.
Até sair aquele despacho de Paulo Campos onde salienta que "as VMERS não podem ficar INOP" e se ficarem o conselho de administração dos hospitais é responsável, a inoperacionalidade era ainda superior! Desde essa altura que, as VMERs são sempre asseguradas, nem que para isso se retire um médico do serviço de urgência, neste momento (e após esse despacho) as VMERs são consideradas uma extensão do serviço de urgência! Por isso as estatística agora são de quase todas operacionais, cerca de 97%a 99%, pois há sempre que contar com eventuais avarias, revisões, mudança de pneus já que não há VMERs de reserva...faltado material por se ter usado muito (exemplo em acidentes multivitimas)! Não tenho dúvidas que se isto passou a ter estes excelentes números  de operacionalidade creio que se deve ao trabalho que o Dr. Paulo Campos realizou nesse sentido graças ao facto de conhecer muito bem a realidade já que é um dos operacionais das VMERs! Por exemplo nas épocas festivas como por exemplo no Natal ou na passagem de ano era frequente haver VMERs inoperacionais, o que não se verifica após o despacho de Paulo Campos, já que antes nenhum presidente do conselho de administração quiz ter essa responsabilidade! O problema é que antes NINGUÉM era responsabilizado, mas desde então é! Mas apesar de tudo isto, ainda se verificam casos em que a VMER fica INOP porque a tripulação saiu mais cedo.

Digo eu, que nem percebo nada disto!

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