Os radioamadores eram os recicladores dos telhados...

Enquanto os radioamadores tiveram livre acesso ao telhado do condomínio em que viviam, tal como outros entusiastas das radiocomunicações (os CB´s), eles encarregavam-se de garantir a manutenção das telhas, e limpeza de antenas supérfluas e, a reparação das antenas de TV. Hoje, olhamos para os telhados e estão entregues ao abandono, sobrecarregados de antenas de TV que já ninguém usa, algumas delas yaguis e, outras parabólicas, muitas delas de tal modo degradadas que só por milagre não farão estragos na queda, que tanto podem ocorrer em cima do telhado, como na rua, danificando até veículos ou mesmo ferindo ou tirando a vida a alguém ou algum animal que por infortúnio por ali vá  a passar no momento. Estes resíduos dos telhados urbanos que os radioamadores e outros aficionados das radiocomunicações reaproveitavam para construir as suas antenas artesanais, técnicas que todos dominam e com que se regozijam.
A classe política há muito deixou de atentar para os radioamadores, outrora vistos por fases, numas fases como incómodos e lunáticos, noutras como falantes com os espíritos, noutras como cientistas dementes, noutras como a salvação quando todas as comunicações falham, e é esta última que devemos preservar associada à componente cientifica que o hobbye tem.
Seria por isso, recomendável que um dia, alguém se lembrasse de dar aos radioamadores a possibilidade de voltarem a colaborar na limpeza dos telhados urbanos, cada um encarregue do telhado de "seu" prédio, contribuindo para cidades com telhados mais limpos e ruas mais seguras da queda das antenas que outrora foram indispensáveis nos telhados de quem tinha um receptor de TV, sendo desejável que se legisle nesse sentido.


Digo eu,...

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