A grande falácia dos agentes de protecção civil!

Bom dia a tod@s

A Protecção Civil tem a ver somente com a prevenção, planeamento, estudo, identificação de riscos e vulnerabilidades e sua mitigação, avisos e alertas, e intervenção da reserva estratégica quando é ultrapassada a capacidade de resposta do sistema que responde às emergências quotidianas ou seja, o Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS).

Aqueles que a Lei de Bases de Protecção Civil considera de "agentes de protecção civil", são na realidade agentes de protecção e socorro, para possibilitar aparentemente defraudar o povo com nomes pomposos que não correspondem à realidade porque esses agentes não trabalham na prevenção, planeamento e identificação de riscos, mas sim somente na intervenção de protecção e socorro, ou mais comummente no serviço de taxo de doentes não urgentes, o principal negócio das associações de Bombeiros.

Quando lhe disserem que as corporações de Bombeiros são o principal agente de protecção civil, segure a carteira, vêm ai peditórios ou taxas de "protecção civil"!

Mas porque o legislador fez tal coisa?! Ou por inebria pós-refastelamento, ou faz parte da "máfia vermelha" e, não, não estou a a falar de bombeiros, mas sim de pseudo bombeiros que de aspecto mais se assemelham ao Pai Natal, mas que na realidade se alimentam do sangue e suor dos verdadeiros bombeiros que dão o corpo e a vida pelo que amam fazer. São uma espécie de inversão de Pai Natal, que comem as prendinhas aos bombeiros e suas famílias, já que é a sua existência que dita os baixos salários dos bombeiros associativos. É gente que diz defender os bombeiros e até faz peditórios para esse alegado fim, mas que defende somente os patrões dos bombeiros privados, sejam eles empresariais ou associativos.

Mas porque permite a ANPC esta falsa imagem?! Respondo com outra questão: quem na ANPC elabora tais propostas de que fileiras vem? E quem se senta à mesa e mais alto fala sobre o assunto de onde vem?!

Unidades da Cruz Vermelha, Corporações de Bombeiros, Associações de Socorros, Associações de Voluntários de Emergência, deviam na realidade ser agentes de protecção e socorro, e a sua tutela deveria ser a Segurança Social para a área humanitária, a saúde para a área do socorro pré-hospitalar, e a defesa ou administração interna para a área da intervenção em catástrofe e situações de excepção, mas uma tutela tripartida seria complicar ainda mais, pelo que faz falta uma Secretaria de Estado de Protecção Civil e Protecção e Socorro que as tutele a todas e, se articule com os respectivos ministérios. 

Não creio que as forças de segurança ou forças armadas tenham de ser agentes de protecção civil, já são agentes de segurança, ou de defesa, e a segurança e defesa das pessoas e bens já tem implícita a protecção e o socorro, o que não impede que as forças de segurança / armadas actuem na proteção e  socorro civil, nada invalida que se articulem entre si ou com os agentes de protecção e socorro. 

Digo eu, que não percebo nada disto!

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