Envio da Força Especial de Bombeiros para o Chile

É certo e sabido que já existem licenciados em proteção civil na Força Especial de Bombeiros (FEB), esperemos por isso que estejam de facto integrados no contingente que vai ser enviado para o Chile, e com a missão de ligação às agências internacionais a actuar na gestão da operação em causa, e que a licenciatura os tenha de facto preparado para tal.
Uma vez mais preocupa-me que seja enviada uma força parcialmente privada, e não uma força totalmente pública, não porque tenha algo contra os operacionais da FEB que me merecem todo o respeito, mas porque o seu enquadramento  minha opinião prejudicial aos interesses do país e dos próprios operacionais da FEB. Se estes operacionais exercem função pública nada justifica que não estejam na função pública, excepto o facto de a entidade que os detém estar a lucrar com esta sub-contratação.
Por falar na entidade que os detém, alguém me sabe dizer se existe alguma delegação da Escola "Nacional" de Bombeiros (ENB) na Região Autónoma da Madeira (RAM), ou na Região Autónoma dos Açores (RAA)? Então e a confirmar-se a minha suspeição de que não existe na RAM ou RAA qualquer delegação da ENB, porque raio se denomina de Escola "NACIONAL" de Bombeiros, e não  somente Escola Portuguesa de Bombeiros?  
Os operacionais da FEB merecem melhor patrão, merecem e têm o direito de integrar a função pública, e a ter um regime de proteção social adequado à complexidade de riscos e vulnerabilidades inerentes à sua função.
Por outro lado  a força deveria ser conjunta e integrar elementos do GIPS, pela sua dupla valência de safety e security, não vá acontecer como na missão do Haiti, em que o comandante da força no relato da missão já em Lisboa, fartou-se de dizer que o GIPS não fazia lá falta nenhuma porque o que não faltavam lá eram forças de security, para quase no final da palestra acabar a confessar que o acampamento português havia sido saqueado, vá-se lá entender! Mas deveria ainda ser uma força conjunta pela oportunidade de experiência partilhada.

Basta de "privataria" no que é público!

Digo eu, que não percebo nada disto!

Um sincero abraço a todos os empenhados nesta missão, e os sinceros votos de que vão e regressem sãos e salvos. Boa missão!

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