ALERTAS NÃO PRODUZEM EFEITO


Por exemplo um ALERTA VERMELHO, deveria mobilizar 100% dos recursos humanos e técnicos disponíveis nos agentes de proteção civil, e adequados ao tipo de risco e vulnerabilidades, mas não mobilizaram.
No caso de Pedrogão Grande, apesar dos AVISOS do IPMA à população, e dos ALERTAS da ANPC para os agentes de proteção civil, o que estava em prontidão na corporação de Bombeiros eram alegadamente 5 elementos operacionais, demasiado insuficientes para qualquer tipo de resposta no âmbito do risco expectável.
Claro que depois da tragédia surge a resposta e o reforço, mas demasiado tarde para mais de sessenta vítimas que nem pelo rádio do automóvel ou da habitação foram avisadas dos procedimentos a adotar.
Contudo nada disto é levado a sério, e os agentes não respondem aos alertas conforme se obrigam, e geralmente tal incumprimento deve-se à falta de recursos humanos, uma das principais lacunas de um sistema assente em voluntariado.
É certo que a capacidade de resposta dos melhores países do mundo em proteção civil surgiu após o ensinamento trazido por tragédias, mas isto significa que nada aprendemos com a desgraça dos outros, que para nós parecem ter sido desgraças alheias. Nem tão pouco aprendemos nada com os incêndios de 2013, e tantos outros para trás. 
Não creio por isto nesta comissão para investigação do caso de Pedrogão Grande, salvo uma ou outra exceção, a sua composição é feita por gente que ao longo de décadas esteve do lado do problema, e não por gente que sentiu o problema, esses nem serão ouvidos, perdendo-se assim mais uma oportunidade de conhecer o problema com todas as suas particularidades.
Considero que a inclusão de José Manuel Moura na comissão é uma ofensa à inteligência do povo, mas da direita política não espero nada de novo.

Digo eu, que não percebo nada disto!

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