O silêncio de morte do INEM
Cerca de quatro horas para se ativarem para Pedrogão Grande, quem sabe não podiam ter salvo mais vidas, mas não podemos esquecer em que país estamos, e da vergonhosa taxa de reversão da Paragem Cardiorrespiratória que o INEM tem para nos apresentar, essa sim traduz a eficácia do INEM, uma vergonha!
Este é talvez em minha convicção o mais vergonhoso agente de proteção civil, o INEM.
Reinou a incapacidade de acompanhamento atempado da situação, que qualquer agente de proteção civil deve ter, o que no tempo do Dr. Francisco Marcão não seria possível. Teriam certamente reunido "em sala de crise" a acompanhar a situação, e não estariam a aguardar um pombo correio de um local de onde eles não voavam por causa do fumo. Depois foi o que se viu, sem sistema próprio de comunicações iam e regressavam, muitas vezes sem forma de receber ou transmitir informação pelo caminho, algo próprio da realidade vivida até aos anos 60, sim, regressámos ao passado com a era digital, algo impensável, mas o que não dariam ali jeito os velhos rádios General Electric a cristal, ou mesmo os antigos Motorola de VHF Banda média, que podiam não ser vistosos como os TETRA, podiam não custar milhões, mas, embora por vezes com dificuldades, mais metro menos metro a comunicação era possível, pelo que só posso concluir que usar estes equipamentos de baixo preço é de facto muito arriscado, arriscamos-nos a ter boas comunicações! Como se isto não bastasse, ali andava uma tal médica INEM fardada de azul , alegada coordenadora regional não sei de quê, com botas de salto alto, sem sequer um simples rádio da ROB, REPC, ou rede UHF convencional local do INEM, eu enfiava-me por um buraco de esgoto a baixo se me permitisse fazer tão ridícula figura, de andar num teatro de operações sem rádio, vergonhoso, ridículo! Importa não esquecer o que ali se passou, importa dali retirar não uma, mas muitas lições para o futuro, porque, a culpa pode morrer solteira, mas isto não significa que não haja culpados, e responsáveis por tão incomensurável trapalhada.
Digo eu, que não percebo nada disto!
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