Um erro básico de posicionamento do rádio portátil

O rádio portátil é usado indiscriminadamente por todos quantos entram num teatro de operações, ele é um equipamento indispensável à protecção individual e colectiva,  mas muitos dos operacionais não imaginam certamente o quão incorrectamente posicionam o rádio. Vejamos o seguinte:

1. O rádio colocado à cintura dependendo a frequência e tipo de antena pode desperdiçar até 80% da potência radiada, a ser absorvida pelo corpo.
2. O rádio colocado ao peito num daqueles "peitorais de suporte de rádios", dependendo do tipo de antena, frequência, e proximidade do corpo, desperdiça cerca   40 a 70% da potência radiada.
3. O rádio na mão a um palmo travesso da face, com uma inclinação de 110º, dependendo do tipo de antena e frequência, desperdiça em cerca de 5 a 15% a potência radiada.
4. O rádio colocado nas costas em colete táctico como usam por exemplo as polícias de elite, com um afastamento da antena de pelo menos 8cm do corpo, colocado o mais acima possível que possibilite a melhor verticalidade da antena, desperdiçará dependendo do tipo de antena e frequência, cerca de 5 a 15% da potência radiada. 

Podemos portanto concluir que até então nomeadamente nos bombeiros e emergência médica nunca alguém se deu ao trabalho de estudar a melhor localização para o radiotelefone portátil de VHF ou UHF, apenas procuraram encontrar soluções de transporte cómodo mas que não garante a funcionalidade adequada, nem tão pouco a proteção do andar de potência de RF que assim sofre um desgaste mais acentuado.  

Podemos ainda concluir que até à data nenhuma estrutura pública no âmbito da protecção civil  tentou compreender os aspectos técnicos que limitam o alcance das radiocomunicações, pelo que entendi aqui deixar este contributo resultante de testes por mim efectuados com recurso a medidor de intensidade de campo, com antenas de 1/4 , 1/2, e 5/8 de onda helicoidal / completo, em VHF 121MHz e 152MHz, em UHF em 395MHz e 450MHz.

Digo eu, que não percebo nada disto!