A Madeira, mais do mesmo...
O cenário repete-se na Madeira, fruto de políticas obtusas de proteção civil.
Diz o Sr. Presidente da Região Autónoma que as coisas estão muito melhores na prevenção e que tudo estava controlado, isto após o almoço, talvez por isso!
Mas o que mudou daquilo que realmente importa mudar na política de proteção civil da Região Autónoma da Madeira:
Diz o Sr. Presidente da Região Autónoma que as coisas estão muito melhores na prevenção e que tudo estava controlado, isto após o almoço, talvez por isso!
Mas o que mudou daquilo que realmente importa mudar na política de proteção civil da Região Autónoma da Madeira:
- Campanhas de sensibilização, o que foi feito junto da população residente e turista?
- Equipamento de proteção individual dos bombeiros, onde está o cumprimento da legislação na sequência das mortes de 2013? Não haverá aqui enquadramento criminal pelo desrespeito das mais elementares regras de segurança no trabalho? Onde anda a Autoridade para as Condições no Trabalho?!
- Unidades Locais de Voluntários de Proteção Civil, foram criadas para a prevenção e apoio à intervenção? ( a mesma doença do continente)!
- Sistemas de aviso atempado à população para riscos com algum grau de previsibilidade, para além de sinais de fumo onde estão? Se ocorrer um tsunami como é avisada a população e que comportamentos deve adotar?
- Meios aéreos, ouvimos o Sr. Presidente do Governo Regional afirmar que não justificam na relação custo beneficio, já Alberto João Jardim o havia dito há anos e logo após proferir tais despautérios a Madeira sofreu um dos piores cenários de incêndios, onde estão os meios aéreos de prevenção?
Considero que Portugal tem 3 níveis de qualidade em proteção civil, apesar de não ser perfeito e muito ainda faltar desenvolver o mais desenvolvido é o da Região Autónoma dos Açores, seguidamente o de Portugal continental ao nível dos menos desenvolvidos da Europa e do Mundo civilizado, depois o da da Região Autónoma da Madeira, o que nos permite situar em relação a situação real.
Neste preciso momento seria pertinente que a Região Autónoma da Madeira tivesse estacionados dois helicópteros preferencialmente da Força Aérea Portuguesa, armados com dispositivo de ataque às chamas, mas não tem.
Desejo sinceramente que, amanhã não me estejam a dar razão.
Quanto ao dispositivo que vai ser enviado pelo Governo da República, considero pertinente o envio de elementos do GIPS e Bombeiros Profissionais, apenas, mas deveriam ser mais.
Há muito que defendo publicamente a necessidade de reforço do contingente do GIPS na Região Autónoma da Madeira, aliás, internamente no seio da Guarda Nacional Republicana foi manifestada essa preocupação junto do comando geral há cerca de dois anos, mas ignorada.
O Povo da Região Autónoma da Madeira está a ser discriminado, sempre o foi nas políticas de segurança, proteção civil e até no que concerne à emergência pré-hospitalar. Claro que nenhum Governante corroborará a minha tese, quando se ignora, aceita-se como bom o que é funesto e, até o sub-desenvolvimento é visto como inovação.
Não creio que a responsabilidade seja do Presidente da Região Autónoma da Madeira, mas é minha convicção de que está mal assessorado.
Observámos hoje pelas imagens televisivas que não existe qualquer política de ordenamento florestal e que, a vegetação não é limpa à volta das propriedades, desconhecendo se o Governo daquela Região Autónoma adotou ou não a legislação existente no continente e que, também aqui não é cumprida.
Creio por isso que a política de proteção civil da Região Autónoma da Madeira é uma disciplina eclesiástica, onde a prevenção se traduz em esmolas a santos, que já de longa data o povo diz que "da casa não fazem milagres".
O que se está ali a passar é portanto expectável e repetir-se há inevitavelmente se, se mantiver a atual linha de condução das políticas de proteção civil e socorro.
Se me fosse possibilitado endereçar ao Sr. Presidente do Governo Regional da Madeira uma mensagem, eu dir-lhe-ia que: a prevenção não se faz sem envolver a população.
O envio de mais meios será extemporâneo e dai resultam prejuízos com responsabilidade política, técnica e criminal.
Uma tragédia para o património da Madeira e para o turismo e economia da Região Autónoma!
Digo eu, que não percebo nada disto!
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