NINGUÉM PODE MORRER POR FALTA DE MEIOS, QUE EXISTEM!

É minha plena convicção de que morre gente por alegada falta de meios de emergência Pré-hospitalar. Mas na realidade não há falta de meios, mas sim condicionamentos legais que visam proteger o lobbie das associações de Bombeiros e delegações da Cruz Vermelha.
Estimo que o número de ambulâncias de que o país dispõe seja superior às suas necessidades quotidianas em cerca de 8%, considerando os picos de ocorrências, no entanto o proteccionismo dos privados associativos (Bombeiros e Cruz Vermelha), impede as empresas privadas de complementar a rede nacional de urgência e emergência médica pré-hospitalar, o que evitaria muito sofrimento e até muitas mortes.
O Centro de Orientação de Doentes Urgentes do Instituto Nacional de Emergência Médica, tem frequentemente por exemplo na margem sul de Lisboa logo pela manhã situações a aguardar mais de 30 minutos por disponibilidade de ambulância de emergência, e em alguns casos as vítimas esperam mais de uma hora pela chegada da ambulância.
O país não pode continuar refém de interesses até aqui defendidos pela liga dos Bombeiros Portugueses e que coloca diariamente em risco vidas humanas. O país não pode manter o actual clima de inversão de prioridades em que o sistema de transporte não urgente de doentes está 97% profissionalizado, mas em que o sistema de socorro está apenas cerca de 62% profissionalizado,
sendo a restante percentagem assegurada por boas vontades (voluntários), e gerando assim precariedade e falta de emprego a uns em beneficio de outros (poucos).
O País não pode continuar a prescindir de mão de obra qualificada e 100% profissional na assistência pré-hospitalar quotidiana, embora seja muito pertinente a existência de recursos humanos voluntários para resposta às situações de emergências excepcionais cujos efeitos ultrapassem a capacidade de resposta do sistema quotidiano e, neste campo é minha convicção de que o principal agente de condicionamento ao desenvolvimento destas capacidades de resposta tem sido a Liga dos Bombeiros Portugueses. Não consigo por isso deixar de ver parte do sistema como um negócio, com concorrentes, numa luta desleal, em que quem perde é sempre o utente, que sofre, ou mesmo morre.

Em breve a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar deverá lançar uma campanha que incluirá a sensibilização da opinião pública e propostas políticas concretas sobre as soluções neste domínio, o mote slogan será "Ninguém pode morrer por falta de meios".

Digo eu, que não percebo nada disto!

Comentários

  1. Nota-se grandemente que desconhece totalmente do que fala os Bombeiros a quem o senhor despreza é que são e sempre foram o grande exercito da emergência médica em portugal e até os criadores das VMER´s a LBP não regula o sistema mas sim o INEM por isso se existe alguem a fazer algo mal não serão os bombeiros certamente... Além disso acho uma autentica piada falar de empresas privadas a fazer emergência onde? nos grandes centros que é onde eles já existem e no interior e no alentejo? QUEM QUEM? Os Bombeiros claro que seja como profissionais ou voluntários não viram as costas a população.

    Antes de escrever pense e vá ao terreno ver a realidade das coisas! Mas não só nas cidades.

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  2. Desculpar-me à mas a sua resposta é um perfeito despautério tendencioso, que obviamente não vou comentar.

    Respeito a sua opinião, mas tenho a minha e sim conheço a realidade nacional e não apenas ai da terrinha.

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