APOIO ÀS RADIOCOMUNICAÇÕES DE EMERGÊNCIA
O facto de falarem regularmente ao rádio não quer dizer que
falem bem ou usem corretamente os procedimentos radiotelefónicos aplicados ao
tráfego emergêncista e, essa incompetência compromete a proficuidade da ação a
desenvolver “in extremis” pode comprometer toda a operação de
emergência, já que há dados sensíveis que devem ser omitidos em determinadas
situações e outros que devem ser incrementados.
O domínio dos acrónimos das diferentes forças, sejam elas de
Bombeiros, Proteção Civil, Forças de Segurança ou Forças Armadas é um requisito
para o operador emergêncista poder participar nas comunicações táticas e, o domínio
dos sistemas regulamentares das diferentes forças a empregar em casa operação
são conhecimentos indispensáveis ao nível estratégico, contudo, mesmo ao nível das
manobras somente com treino adequado é possível que as radiocomunicações tenham
alguma proficuidade na ação a desenvolver. Quando o operador não teve acesso ao
necessário treino é mais suscetível de constituir constrangimentos à ação do
que benefícios e, do facto de ignorar esses conhecimentos resulta geralmente a
convicção de que está a ser discriminado, quando na realidade apenas está a ser
poupado ao ridículo.
Muitos grupos de radioperadores e mesmo Associações de
radioamadores, creem estar à altura dos desafios sem que alguma vez tenham colocado
essas “competências e capacidades” à prova, chegam mesmo a acreditar que como
têm rádios caros esses se adequam por exemplo a teatros de operações com muita
saturação de radiofrequência e que facilmente sofrem efeito de blocking como
frequentemente acontece com rádio Baofeng UV5, Kenwood TMV 71, TMD 700, TS 2000,
entre outros. Por vezes não compreendem sequer porque não recebem comunicações
e culpam o factor humano por ignorarem fenómenos que podem ocorrer face às
características de determinados equipamentos quando expostos a determinados
quadros de saturação de radiofrequência. O mesmo se passa com equipamentos da
banda do cidadão ou do PMR446 em que geralmente a maioria crê que o seu
equipamento é sempre o melhor de todos, porque é seu.
Contudo, entre Radioamadores e Radioperadores da CB ou
PMR446, quem mais sofre com a própria ignorância nas radiocomunicações são os
Bombeiros que, ao usar equipamentos de radioamador sem saber estão a comprometer
em muitos casos o sucesso das operações ao usarem equipamentos que geram eles
próprios constrangimentos às radiocomunicações, não pela ação da sua emissão na
frequência fundamental, mas pelo espalhamento e radiação de frequências não
fundamentais conhecidas como espúrias, harmónicas e batimentos.
Por isto quando leio certas coisas por parte de membros de
certas organizações e afins, apodera-se de mim um sentimento de tristeza pela
ignorância manifestada, assim como qualquer grupo religioso por ignorância
técnica e científica procura encontrar explicações superficiais para questões
cuja explicação científica desconhecem estas pessoas procuram um paralelismo
para justificar a aplicabilidade da sua ação que não realidade nos modos em que
se processa não têm.
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