Para quem acha que estou contra a ANARPT …

Fui eu quem mentorou a ANARPT e que juntamente com um amigo a constituímos. Fui eu quem decidiu sair da ANARPT por não me rever na tendência de afastamento dos Associados dos fins estatutários, entendendo ter sido vítima do próprio sucesso da Rede Oásis a que dei nome e mentorei, mas sai por reconhecer à maioria o direito de transformarem a Associação num clube de real porreirismo e inércia ao invés de uma organização promotora das boas práticas e de luta pelos legítimos direitos dos utilizadores das radiocomunicações, bem como de combate à discriminação entre radioamadores mais novos e mais antigos ou mesmo entre radioamadores e radioperadores.

Dei à ANARPT todo o trabalho por mim desenvolvido e pelos demais colegas que comigo desenvolveram trabalho para o desenvolvimento da Associação.

Dei à ANARPT a página web, a página Facebook, um grupo com quase mil membros, uma fonte de receita para a sustentabilidade da Associação e emprestei um espaço para a sede e estação de uso comum.

Desvinculei-me da Associação que fundei porque o sucesso da Associação a dirigiu num sentido divergente do que eu idealizei, deixei na Associação um saldo positivo na conta bancária e reconheci aos membros da APROSOC o direito a seguirem um rumo diferente.

Apesar de tudo isto, alguns de quem até fui supervisor após terem feito exame de radioamador, brindaram-me com a sua deslealdade, mostrando o seu verdadeiro ser. Hoje agradeço a todos os que traíram a minha lealdade, pois nada melhor que uma revelação para evitar eternizar ter de se conviver com a falsa lealdade. Estava consciente e preparado, sabia que se os pusesse à prova o fariam, os que já o fizeram e muitos dos que ainda não se manifestaram, mas que sei que a seu tempo o farão.

Mas a ANARPT não é apenas gente desleal, existe naquela Associação gente leal e amiga, como de resto em qualquer caixa de fruta de qualidade existem algumas peças de fruta podre, concluindo por isso que por vezes a lealdade ganha bolor, apodrece e cheira mal, mas que a solução para não contaminar toda a caixa de fruta é retirar a fruta podre e ficar somente com a fruta sã, embora quando se demora muito tempo a retirar a fruta podre, por vezes é mais a fruta podre que se tira do que a fruta sã que fica.

Terei sempre um carinho geral pela ANARPT que fundei, independentemente da ANARPT que venha a ser, como um filho errante que não se renega e em quem se mantem sempre a esperança de que mude de rumo. 

Esta Associação vai seguramente ser bem sucedida, embora me pese o facto de não prosseguir a missão que estatutariamente delineei e que outros colegas me ajudaram a consolidar para a constituição oficial.