Cliente Mistério testa os serviços de Emergência em Portugal

O cliente mistério testou os serviços de emergência em Portugal e os resultados foram os seguintes:

Ligou 112 e numa vez a chamada foi atendida ao fim de 8 segundos e na outra esteve 80 minutos ao telefone sem que a chamada tenha sido atendida, dai advindo provavelmente o ditado popular português ou 8 ou 80.

Em alguns contactos com o 112, o cliente mistério pediu para passar ao CODU e esperou numa das vezes cerca de 15 segundos, noutras mais de 10 minutos e, o tempo de resposta de ambulância para resposta a uma eventual vítima feminina com 25 anos engasgada com um preservativo foi de cerca de 22 minutos e enviaram SIV e VMER, ao mesmo tempo que para uma eventual vítima masculina com 83 anos com EAM enviaram ambulância reserva da corporação de Bombeiros local, mas no dia seguinte porque as tripulações estavam todas ocupadas a fazer transportes de doentes não urgentes no dia anterior, e enviaram também a funerária da flor amarela que dá boa comissão à tripulação. Chegada ao local a tripulação da ambulância dos Bombeiros tentou contactar o CODU para pedir VMER mas sem sucesso ao fim de uma hora, sendo que não houve problema porque a funerária chegou primeiro e já estavam desde o dia anterior a apoiar a família no processo de lidar com o luto.

Mas o cliente mistério tentou ainda contactar os organismos de emergência por e-mail e concluiu algo intrigante, a semelhança entre tempos de resposta do INEM e a ANPC ao segundo, ambos os e-mail´s foram enviados há 10 anos e, em ambos os casos ainda não houve resposta.

O cliente mistério tentou ainda testar os tempos de resposta das corporações de Bombeiros para situações de emergência médica, mas as chamadas foram sempre reencaminhadas para o 112.

Já no teste de resposta para situações de incêndio se verificaram algumas assimetrias, pois no caso de algumas corporações a saída ocorreu no mesmo minuto da chamada, e noutras a chamada caiu num mau minuto para tocar a "burra" para chamar Bombeiros, mas de calças na mão, com "buxa" na boca, ou com as crianças atrás em todos os casos houve resposta, embora por vezes dias depois porque havia baile e grelhados no carvão.

Para uma situação de eventual afogamento o 112 passou aos Bombeiros, que estiveram mais de 40 minutos a aguardar autorização da capitania do porto local para sair com os meios, porque a estação salva-vidas estava fechada àquela hora e a malta da polícia marítima estava a apagar um incêndio num bar de praia.

Não é verdade, mas podia ser! E se alguém tem dúvidas que se faça o teste do cliente mistério nestes e outros serviços de emergência e, estou convicto de que não será assim tão grave, é minha plena convicção que será muito pior!


Mas isto digo eu, que nem percebo nadinha disto!

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