MOVIMENTO CÍVICO - CONSELHO PORTUGUÊS DE PROTEÇÃO CIVIL E SOCORRO ACUSA OS SUCESSIVOS GOVERNOS DE PORTUGAL DE EXPOR TODA A POPULAÇÃO A RISCOS MITIGÁVEIS!

Portugal continental está sujeito a constate atividade sísmica significativa que possibilita antever a inevitável possibilidade de a qualquer momento ocorrer um sismo de grande magnitude, podendo na sequência de um abalo sísmico ocorrer um tsunami e assim acometer a população a um cenário de catástrofe e tragédia massiva acrescido, devido à inercia das políticas de proteção civil e que, se adequadas poderiam mitigar os efeitos, por exemplo se o país estivesse dotado de sistemas de aviso de tsunami, mas não está!

Qualquer Governo que ignore os sucessivos alertas que temos feito no sentido da implementação dos sistemas de AVISO em caso de Tsunami ou outro risco com algum grau de previsibilidade e aviso em tempo útil, torna-se corresponsável pelo aumento do número de feridos, mortos e, pela dimensão dos prejuízos potencialmente atenuáveis.

Relembramos que, o mar invade frequentemente a nossa costa devido a agitação marítima que provoca destruição e prejuízos atenuáveis com avisos atempados. Embora a política de ordenamento do território seja em nossa convicção assente no conceito "suborno autárquico", não é possível eliminar por exemplo das praias os estabelecimentos de apoio à época balnear que contribuem para a economia nacional, importando também por isso mitigar o risco através do AVISO atempado.
Como é sabido este Movimento Cívico há alguns anos vêm alertando sobre este assunto, tendo mesmo obtido a concordância do poder político instituído sobre a pertinência de implementação da difusão celular e dos sistemas de aviso sonoro, bem como da preparação da população para reagir face a esses AVISOS, contudo nada de expressivo foi feito até ao momento sobre esta matéria em Portugal continental, estando a Região Autónoma dos Açores um paço à frente neste domínio, embora não tenha ainda chegado ao modelo ideal, a difusão celular. Estas assimetrias provam que, na Europa existem povos de 1ª, de 2ª, de 3ª e de 4ª categoria, tal como em Portugal existem populações de 1ª, de 2ª, de 3ª e de 4ª categoria, ou seja vítimas de discriminação no que concerne à proteção civil não só por demais sui generis ente o continente e regiões autónomas, mas cujas assimetrias são ainda mais expressivas ao nível autárquico em que há autarquias com serviços de proteção civil, outras com gabinetes de proteção civil, e outras ainda que nem serviços nem gabinetes de proteção civil possuem.

Cremos por tudo o que acabámos de invocar que, em caso de Tsunami a população está entregue a si própria tal como em 1755, pois desde então muito mudou no que concerne à intervenção, mas nada de expressivo mudou no que respeita à prevenção / mitigação.

Autor: João Paulo Saraiva
Membro do Movimento Cívico - Conselho Português de Proteção Civil e Socorro

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